segunda-feira, 18 de julho de 2011

Notícia: A erudição necessária da cultura

André Micheletti é o diretor artístico e coordenador pedagógico do 2º Festival Internacional de Música Erudita de Piracicaba, cuja programação tem início hoje, às 20 horas, com concerto de professores do evento na sala 1 do Teatro Municipal “Dr. Losso Netto”, e se estende até o dia 24, com apresentações e masterclasses. É ele quem fez os primeiros contatos, formalizou o projeto e, ao longo desta semana, acompanhará a chegada de artistas internacionais à cidade, dará suporte técnico aos musicistas e o que for preciso para o bom andamento do festival, onde tudo é gratuito.

O cargo de bastidores, no entanto, é respaldado pela vasta experiência de Micheletti na música. Piracicabano, estudou quando adolescente na Escola de Música Maestro Ernst Mahle (Empem), depois no Instituto Fukuda de Música, fez graduação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), além de mestrado e dois doutorados nos Estados Unidos. Como profissional, atualmente é professor do Instituto Baccarelli (que mantém a Sinfônica de Heliópolis), no Fukuda e também no projeto Cidadão Musical, em Paulínia. Piracicaba é apenas seu porto seguro. 

Micheletti acredita no potencial da terra natal e como um novo pólo de difusão cultural quando o assunto é música erudita. “Propagar o aprendizado da música erudita na cidade é uma intenção conjunta de todas as pessoas e órgãos envolvidos no festival. É, sim, interessante fomentar a produção e aumentar o consumo deste gênero”, disse o diretor artístico – e violoncelista. Ele revela que, devido às tantas responsabilidades na realização, deixará o instrumento em stand-by, porque o empunhará se for preciso.

E enquanto retira o violoncelo do case, Micheletti explica que erudição nada tem a ver com elitismo e significa conhecimento. “Música erudita não é somente para as elites, no entanto, requer entender a cultura do mundo”, explica, exemplificando com a mitologia clássica grega cuja influência, principalmente nos tidos como compositores clássicos do século 18, é latente. Ou mesmo analisar a música erudita na linearidade da história enquanto um estilo contemporâneo ao barroco. “Mas, infelizmente, esta ideia de música elitista foi propagada e aceita por maiorias no mundo pós-Segunda Guerra”, enfatiza. 

Citar a Segunda Guerra Mundial é mencionar o ex-ditador alemão Adolf Hitler, um fã confesso de música erudita. “Richard Wagner era o compositor preferido de Hitler”, ressalta Micheletti, retomando o assunto da equivocada ideia de elitização do gênero. “Existe um preciosismo quanto aos três Bs, que são Bach, Brahms e Beethoven, como se apenas o que eles fizeram é relevante.” O violoncelista desconstrói a teoria ao explicar que a genialidade daqueles homens foi resultado de muito estudo e o íntegro envolvimento com as respectivas vidas. Um processo muito mais humano do que técnico. 

Micheletti também diminui a distância entre os termos “erudito” e “popular”. “A maioria das obras clássicas que tocamos já envolve elementos das duas culturas. É difícil de separar o que é oriundo de cada uma e a troca entre elas sempre existiu”, afirma. Foi a deixa para a conversa discutir o que a produção clássica ainda oferece à humanidade e o que a contemporânea traz de novo. No festival, há representantes destas duas vertentes, além de musicistas que misturam tango ou música brasileira à sonoridades eruditas. 

Desta forma, desvinculado de classes sociais, a música erudita, de hoje ao dia 24 durante o Festival, é a oportunidade das pessoas apreciarem concertos de orquestras e assistir aulas de musicistas gabaritos no cenário cultural internacional. “Só o contato transforma. A música erudita é como o futebol. Se deixar uma criança isolada com uma bola, ele pouco ou nada aprenderá. No entanto, se colocá-la para assistir a uma partida, ver como profissionais trabalham com a bola, ela vai tentar”, contextualiza Micheletti. 

Beethoven

Beethoven compôs um tipo de música dramática e apaixonante...

Ludwig van Beethoven (AFI[ˈluːt.vɪç fan ˈbeːt.hoːfən]Bonn, batizado em 17 de dezembro de 1770 — Viena26 de março de 1827) foi umcompositor alemão, do período de transição entre o Classicismo (século XVIII) e o Romantismo (século XIX). É considerado um dos pilares damúsica ocidental, pelo incontestável desenvolvimento, tanto da linguagem, como do conteúdo musical demonstrado nas suas obras, permanecendo como um dos compositores mais respeitados e mais influentes de todos os tempos. "O resumo de sua obra é a liberdade," observou o crítico alemão Paul Bekker (1882-1937), "a liberdade política, a liberdade artística do indivíduo, sua liberdade de escolha, de credo e a liberdade individual em todos os aspectos da vida".



Surdez em Viena

Beethoven em 1803
Foi em Viena que lhe surgiram os primeiros sintomas da sua grande tragédia. Foi-lhe diagnosticado, por volta de 1796, tinha Ludwig os seus 26 anos de idade, a congestão dos centros auditivos internos, o que lhe transtornou bastante o espírito, levando-o a isolar-se e a grandes depressões.
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Ó homens que me tendes em conta de rancoroso, insociável e misantropo, como vos enganais. Não conheceis as secretas razões que me forçam a parecer deste modo. Meu coração e meu ânimo sentiam-se desde a infância inclinados para o terno sentimento de carinho e sempre estive disposto a realizar generosas acções; porém considerai que, de seis anos a esta parte, vivo sujeito a triste enfermidade, agravada pela ignorância dos médicos.

Consultou vários médicos, inclusive o médico da corte de Viena. Fez curativos, realizou balneoterapia, usou cornetas acústicas, mudou de ares; mas os seus ouvidos permaneciam arrolhados. Desesperado, entrou em profunda crise depressiva e pensou em suicidar-se.
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Devo viver como um exilado. Se me acerco de um grupo, sinto-me preso de uma pungente angústia, pelo receio que descubram meu triste estado. E assim vivi este meio ano em que passei no campo. Mas que humilhação quando ao meu lado alguém percebia o som longínquo de uma flauta e eu nada ouvia! Ou escutava o canto de um pastor e eu nada escutava! Esses incidentes levaram-me quase ao desespero e pouco faltou para que, por minhas próprias mãos, eu pusesse fim à minha existência. Só a arte me amparou!


Mozart

Não é só um compositor, é um génio e talvez o compositor mais conhecido de sempre.


Wolfgang Amadeus Mozart (AFI[ˈvɔlfgaŋ amaˈdeus ˈmoːtsart]batizado Joannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart;Salzburgo27 de janeiro de 1756 – Viena5 de dezembro de 1791) foi um prolífico e influente compositor austríaco do período clássico.
Mozart mostrou uma habilidade musical prodigiosa desde sua infância. Já competente nos instrumentos de teclado e no violino, começou a compor aos cinco anos de idade, e passou a se apresentar para a realeza da Europa, maravilhando a todos com seu talento precoce. Chegando àadolescência foi contratado como músico da corte em Salzburgo, porém as limitações da vida musical na cidade o impeliram a buscar um novo cargo em outras cortes, mas sem sucesso. Ao visitar Viena em 1781 com seu patrão, desentendeu-se com ele e solicitou demissão, optando por ficar na capital, onde, ao longo do resto de sua vida, conquistou fama, porém pouca estabilidade financeira. Seus últimos anos viram surgir algumas de suas sinfonias, concertos e óperas mais conhecidos, além de seu Requiem. As circunstâncias de sua morte prematura deram origem a diversas lendas. Deixou uma esposa, Constanze, e dois filhos.
Foi autor de mais de seiscentas obras, muitas delas referenciais na música sinfônicaconcertanteoperísticacoralpianística e de câmara. Sua produção foi louvada por todos os críticos de sua época, embora muitos a considerassem excessivamente complexa e difícil, e estendeu sua influência sobre vários outros compositores ao longo de todo o século XIX e início do século XX. Hoje Mozart é visto pela crítica especializada como um dos maiores compositores do ocidente, conseguiu conquistar grande prestígio mesmo entre os leigos, e sua imagem se tornou um íconepopular.


Professores do Ensino Articulado

Para além das pouquíssimas queixas de alguns professores do ensino articulado, a maioria dos encarregados de educação portugueses estão satisfeitos com o ensino especializado que os professores tem disponibilizado. O tempo que estes músicos dedicam a ensinar crianças é de elogiar e notável! Vários professores têm gasto horas e horas a ensinar crianças, como é o caso das orquestras de 2º ciclo do ensino articulado, os professores têm gasto várias horas em aulas individuais, de naipe e de orquestra. Parabéns aos alunos e professores!

Ensino Articulado da Música

O que é o ensino articulado?
O ensino articulado é uma forma de frequentar o ensino da Música, em que o Conservatório e a escola
regular se articulam entre si, de forma a aliviar a carga horária do aluno e não duplicar disciplinas. Nesta
modalidade, o aluno frequenta um plano de estudos especificamente adaptado, em que as disciplinas
do Conservatório são integradas na matriz curricular da escola regular.

O aluno deve ter a possibilidade de experimentar várias disciplinas que o encorajará para a sua carreira no futuro, mas o ensino articulado é algo sério, onde um aluno a partir do 5º ano pode escolhe um instrumento e deve praticar nele e estudar bastante (havendo a possibilidade de desistência).


Quais as disciplinas que um aluno do articulado não tem na escola regular?
Quem frequenta esta modalidade não tem Estudo Acompanhado e tem uma carga horária inferior em
Educação Visual e Tecnológica, de forma a ficar com mais tempo disponível.



Quanto custa frequentar este Curso?
Nada. A frequência em regime articulado é gratuita.

Clique aqui para aceder ao site RTP, onde falam de algumas academias entrelaçadas com o ensino articulado da música.